sexta-feira, 24 de junho de 2016

COTAS RACIAIS POR QUÊ SIM?


Esta cartilha denominada "Cotas Raciais Por que sim?" foi produzida pelo IBASE (Instituto Brasileiro de Analises Sociais e Econômicas) e tem por objetivo discutir aspectos relativos às ações afirmativas, especialmente cotas raciais, e oferecer argumentos favoráveis à sua adoção. Publicada em 2008, surge como fruto de uma série de diálogos produzidos em escolas públicas e privadas do Rio de Janeiro afim de oferecer uma gama de argumentos favoráveis às ações afirmativas, se opondo à intensa negativa difundida pela grande mídia contra a institucionalização das Cotas.



Semana da África 2016






Nos dias 25 de Maio e 01 de Junho ocorreram nos auditórios da Escola de Aplicação e da Faculdade de Educação as atividades da Semana da África, realizadas pelo Projeto Negritude, com apoio da administração da escola e da APM. Durante as atividades tivemos a presença de convidadas e convidados que compartilharam suas vivências e experiências dentro das culturas afro-brasileira e indígena. Foram espaços de troca e reflexão, onde estudantes, docentes e bolsistas puderam ter acesso a falas e  experiências práticas dentro das temáticas apresentadas por cada convidada e convidado.
No primeiro dia a jornalista, dançarina e integrante do bloco afro Ilu obá de Min, Cris Gomes fez um relato sobre a história do bloco desde seu surgimento a cerca de vinte anos no carnaval de São Paulo, à sua estruturação como uma associação de educação, cultura e arte negra e a formalização como ponto de cultura. Consagrado como um ou o maior bloco afro de São Paulo e, símbolo do carnaval paulistano, sua maior contribuição é ser um bloco formado por mulheres.
Contamos também com a presença de uma escritora bastante renomada no cenário da literatura infantil, Silvana Salerno, que acompanhada de seu marido também escritor, Fernando Nuno, nos apresentaram dois contos africanos, presentes em seu trabalho que compila diversas histórias por eles reunidas a partir de uma viagem ao continente africano. 
Tivemos a participação da poetisa, atriz e cantora, Débora Garcia, que fez uma linda fala sobre a história de uma das maiores escritoras da literatura brasileira, Carolina Maria de Jesus. Débora compartilhou conosco o quanto o contato com a literatura desta mulher, negra, pobre e oriunda de uma favela de São Paulo, foi importante para seu auto reconhecimento como escritora. Segundo ela, o trabalho de Carolina abriu possibilidades para outros tipos de literatura, e principalmente para outras demandas e representações.
Oura atividade foi a oficina de Rap, ministrada por quatro amantes e viventes desta cultura essencialmente negra e periférica. Levi, Thiago Onidaru, Ô Bigo e Malik propuseram aos estudantes um grande laboratório de improvisação, onde os alunos reunidos em pequenos grupos e com o auxílio dos oficineiros compuseram pequenas letras sobre temas variados e ao fim da oficina apresentaram para todos os presentes.
Por fim e talvez a mais marcante das atividades foi voltada à cultura e situação dos povos indígenas. Recebemos representantes da Aldeia Tenondé Porã, localizada na região de Parelheiros. Os indígenas Evandro e Neri nos apresentaram dois vídeos produzidos pela comunidade e relataram o cotidiano da aldeia, os conflitos referentes à questão da terra, a relação entre a cultura tradicional com a cidade e sobre o que é ser indígena no contexto da grande São Paulo.  
Destacamos a participação dos alunos em todas as atividades como o ponto mais positivo de toda essa experiência acumulada, eles questionaram, cantaram, brincaram, riram e também se emocionaram, nos emocionando. Fazendo-nos perceber que atividades com estas valem muito a pena, porque todos aprendem e saem mais ricos.
Valeu EA!!