terça-feira, 1 de novembro de 2016

Semana da Consciência Negra da EA FEUSP



Nos dias 31 de outubro, 1 e 3 de novembro, aconteceu mais uma edição da Semana de Consciência Negra na Escola de Aplicação.

Entre os convidados desse ano estiveram o músico Israel Neto, o Mano Réu, que apresentou as alunas e alunos a trajetória dos estilos e instrumentos musicais africanos até chegarem aos elementos que compõe a cultura hip hop (passando pelo jazz, blues, funk e soul); o escritor Cristino Wapichana, autor de ‘A Onça e o Fogo’ e ‘Sapatos trocados’, que contou histórias de seus livros ligadas a cultura de seu povo, Wapichana; o coordenador da ONG África do Coração, Jean Katumba, refugiado político da República Democrática do Congo, que contou histórias de seu país; o músico Tyfsnow Ndangi, também da República Democrática do Congo, que apresentou uma palestra e oficina de dança.

Durante a semana, os murais da escola apresentavam cartazes elaborados por alunas e alunos do Ensino Fundamental I com personalidades negras e indígenas.

As professoras e professores, funcionárias e funcionários, voluntárias e voluntários e bolsistas do projeto Negritude agradecem o apoio da secretaria, funcionárias e funcionários, direção, OE e APM para realização das atividades deste ano na Semana da África e Semana da Consciência Negra. Esses eventos abarcaram todo o corpo estudantil da Escola e as atividades possibilitaram momentos de troca fundamentais com alunas, alunos e convidados. A efetivação dos projetos especiais da Escola, acreditamos, é uma forma de resistência muito necessária nesses dias.





Palestra sobre música e diáspora negra com Mano Réu

Cultura e histórias indígenas com Cristino Wapichana

Histórias do Congo com Jean Katumba

Palestra e oficina de dança afro com Tyfsnow Ndangi 




Cartazes realizados pelos alunos do Ensino Fundamental I 
para a Semana da Consciência Negra da EA




quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Pluralidade cultural - Projeto África

Muitos enxergam a África como um continente genérico e único, mas com 54 países e outras dezenas de culturas, esta imensa região é múltipla e repleta de diversidades. O Espaço Projeto África, conduzido pela professora Cláudia, visa apresentar o continente africano para além das visões estereotipadas, incentivando a pesquisa sobre a história, cultura e costumes de seus povos.








Para se aprofundar no assunto, o blog do Projeto Negritude recomenda a série da TV Brasil Nova África, com diversos episódios disponíveis no Youtube e no próprio site do programa:








segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Biografia em quadrinhos conta a história de Carolina Maria de Jesus



Eu deixei o leito as 3 da manhã porque quando a gente perde o sono começa pensar nas misérias que nos rodeia. (…) Deixei o leito para escrever. Enquanto escrevo vou pensando que resido num castelo cor de ouro que reluz na luz do sol. Que as janelas são de prata e as luzes de brilhantes. Que a minha vista circula no jardim e eu contemplo as flores de todas as qualidades. (…) É preciso criar este ambiente de fantasia, para esquecer que estou na favela. 
Fiz o café e fui carregar água. Olhei o céu, a estrela Dalva já estava no céu. Como é horrível pisar na lama. 

As horas que sou feliz é quando estou residindo nos castelos imaginários.”

(Carolina Maria de Jesus, Quarto de Despejo, 1960) 

A biblioteca da EA contém agora, na seção reservada ao Projeto Negritude, a biografia em quadrinhos da escritora Carolina Maria de Jesus. Você confere o texto publicado sobre o lançamento do livro em:

Oficina de percussão



Toda terça, das 17 às 18 hrs, está acontecendo na EA a oficina de percussão Ngoma: Ritmo dos tambores afro-brasileiros, conduzida pelo professor Ronaldo Sonic. Voltada ao Ensino Fundamental I, a atividade tem oferecido um contato com a cultura de etnias africanas e sua influência na musicalidade brasileira.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

COTAS RACIAIS POR QUÊ SIM?


Esta cartilha denominada "Cotas Raciais Por que sim?" foi produzida pelo IBASE (Instituto Brasileiro de Analises Sociais e Econômicas) e tem por objetivo discutir aspectos relativos às ações afirmativas, especialmente cotas raciais, e oferecer argumentos favoráveis à sua adoção. Publicada em 2008, surge como fruto de uma série de diálogos produzidos em escolas públicas e privadas do Rio de Janeiro afim de oferecer uma gama de argumentos favoráveis às ações afirmativas, se opondo à intensa negativa difundida pela grande mídia contra a institucionalização das Cotas.



Semana da África 2016






Nos dias 25 de Maio e 01 de Junho ocorreram nos auditórios da Escola de Aplicação e da Faculdade de Educação as atividades da Semana da África, realizadas pelo Projeto Negritude, com apoio da administração da escola e da APM. Durante as atividades tivemos a presença de convidadas e convidados que compartilharam suas vivências e experiências dentro das culturas afro-brasileira e indígena. Foram espaços de troca e reflexão, onde estudantes, docentes e bolsistas puderam ter acesso a falas e  experiências práticas dentro das temáticas apresentadas por cada convidada e convidado.
No primeiro dia a jornalista, dançarina e integrante do bloco afro Ilu obá de Min, Cris Gomes fez um relato sobre a história do bloco desde seu surgimento a cerca de vinte anos no carnaval de São Paulo, à sua estruturação como uma associação de educação, cultura e arte negra e a formalização como ponto de cultura. Consagrado como um ou o maior bloco afro de São Paulo e, símbolo do carnaval paulistano, sua maior contribuição é ser um bloco formado por mulheres.
Contamos também com a presença de uma escritora bastante renomada no cenário da literatura infantil, Silvana Salerno, que acompanhada de seu marido também escritor, Fernando Nuno, nos apresentaram dois contos africanos, presentes em seu trabalho que compila diversas histórias por eles reunidas a partir de uma viagem ao continente africano. 
Tivemos a participação da poetisa, atriz e cantora, Débora Garcia, que fez uma linda fala sobre a história de uma das maiores escritoras da literatura brasileira, Carolina Maria de Jesus. Débora compartilhou conosco o quanto o contato com a literatura desta mulher, negra, pobre e oriunda de uma favela de São Paulo, foi importante para seu auto reconhecimento como escritora. Segundo ela, o trabalho de Carolina abriu possibilidades para outros tipos de literatura, e principalmente para outras demandas e representações.
Oura atividade foi a oficina de Rap, ministrada por quatro amantes e viventes desta cultura essencialmente negra e periférica. Levi, Thiago Onidaru, Ô Bigo e Malik propuseram aos estudantes um grande laboratório de improvisação, onde os alunos reunidos em pequenos grupos e com o auxílio dos oficineiros compuseram pequenas letras sobre temas variados e ao fim da oficina apresentaram para todos os presentes.
Por fim e talvez a mais marcante das atividades foi voltada à cultura e situação dos povos indígenas. Recebemos representantes da Aldeia Tenondé Porã, localizada na região de Parelheiros. Os indígenas Evandro e Neri nos apresentaram dois vídeos produzidos pela comunidade e relataram o cotidiano da aldeia, os conflitos referentes à questão da terra, a relação entre a cultura tradicional com a cidade e sobre o que é ser indígena no contexto da grande São Paulo.  
Destacamos a participação dos alunos em todas as atividades como o ponto mais positivo de toda essa experiência acumulada, eles questionaram, cantaram, brincaram, riram e também se emocionaram, nos emocionando. Fazendo-nos perceber que atividades com estas valem muito a pena, porque todos aprendem e saem mais ricos.
Valeu EA!!