sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Exposição Cientistas Negros


A ciência geralmente é vista como própria de nações consideradas “avançadas” como os EUA e o continente Europeu. Você já parou para pensar que a ciência tem cor?
Foi partindo dessa ideia e indo na contramão dela que o Projeto Negritude organizou uma exposição na E.A. “Escola de Aplicação” intitulada “Cientistas Negros”, a ideia da exposição foi mostrar o tamanho da produção
científica feita por homens e mulheres negros de várias nacionalidades.
Durante a pesquisa descobrimos invenções de cientistas negros que contribuíram e continuam contribuindo para o avanço e bem-estar da humanidade. A exposição contou com um total de doze cientistas e nesse artigo citamos alguns deles e suas invenções/descobertas.
O cientista Dr Charles Richard Drew criou a transfusão de sangue, técnica que até hoje salva muitas vidas. A Dra. Patricia E.Bath inventou um tratamento a laser para catarata menos doloroso ao estudar e descobrir através de pesquisas, que pessoas negras eram oito vezes mais propensas a sofrer de cegueira como resultado de glaucoma.
E quem disse que mulher não pode ser astronauta? A Dra. Mae C. Jemison contrariou o padrão e é conhecida por ser a primeira mulher negra a viajar no espaço, no dia 12 de setembro de 1992.
Um dos gênios da computação é Nigeriano, o Dr. Philip Emeagwali que na escola primária só era chamado de Calculos devido suas habilidades com números. O Dr. Philip Emeagwali a partir da observação de uma colmeia, desenvolveu ideias que solucionaram um dos 20 mais complexos quebra-cabeças industriais: entender como o petróleo flui debaixo da terra, de modo que ele possa ser extraído em grandes quantidades, a baixo custo. A descoberta rendeu bilhões de dólares para os Estados Unidos.
Temos também uma mulher negra, brasileira e cientista que é referência mundial quando o assunto é o reaproveitamento de resíduos orgânicos e industriais. A Dr. Joana D’arc Félix de Souza atualmente é Professora Professora do curso de curtimento de peles da Escola Técnica Estadual “Carmelino Corrêa Júnior”, o Colégio Agrícola de Franca onde decidiu ignorar as dificuldades e investir tempo e energia na realização de seu sonho: criar produtos. Em dez anos, já desenvolveu 13 novos materiais, todos a partir de resíduos descartados pelas indústrias de diferentes segmentos.




Como podemos notar a produção dos cientistas negros é muito importante para humanidade e precisamos fazer uma reflexão sobre omissão histórica da genialidade negra nas ciências. E foi a partir dessa omissão que o Professor e Mestre Carlos Eduardo Dias Machado e a ex-consulesa da França e ativista Alexandra Loras publicaram o livro “Gênios da Humanidade Ciência, Tecnologia e Inovação Africana e Afrodescendente" que revela as grandes invenções criadas pelos negros em todo mundo.
São abordadas as invenções africanas e afrodescendentes dos tempos antigos e modernos que, com o passar dos anos, caíram tantas vezes no esquecimento e foram marginalizadas pelo eurocentrismo. É importante destacar que essas mulheres e homens de origem africana participaram de algumas invenções que mudaram os rumos da história moderna.
O texto defende a igualdade de oportunidades e toca num ponto fundamental de nossa condição humana: a tendência que adquirimos de considerar natural a autoafirmação de um indivíduo por meio da negação do outro, gerando a falta de empatia.
“Esta obra tem a possibilidade de esclarecer que a raça negra é composta também de cientistas brilhantes e de projetos que estão sendo desenvolvidos no mundo científico – experiências que, apesar dos problemas de financiamento, inovam e criam soluções tecnológicas para o mundo moderno”, explica Carlos Machado.
            “Este livro busca compreender a realidade de uma omissão histórica da genialidade negra nas Ciências e propõe um novo desafio a ser lançado, o de plena igualdade racial, em todas as áreas de atuação humana por um efetivo equilíbrio de poder para todos, sem qualquer distinção de raça, cor, etnia, sexo, credo ou nacionalidade”, completa Alexandra Loras.



SOBRE OS AUTORES


Alexandra Baldeh Loras

Mestra em Gestão de Mídia pela Sciences Po (Paris), Loras foi consulesa da França em São Paulo. Fundadora do Fórum Protagonismo Feminino, consultora de empresas e palestrante sobre raça, gênero e diversidade. Seu trabalho é focado no desenvolvimento de liderança consciente para catalisar a transformação organizacional sobre diversidade étnico-racial e empoderamento feminino. Conduziu palestras para mais de 10 mil pessoas em todo o mundo, desde TEDxSãoPaulo, até grandes organizações internacionais como Google, JP Morgan e Facebook. Loras escreve um blog sobre a dignidade negra (alexandraloras.com) e é Embaixadora da Afroeducação, do Plano de Menina, do Meias do Bem e do programa Raízes do Museu Afro Brasil.

Carlos Eduardo Dias Machado

Mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Em 2007, recebeu bolsa de estudos da Ford Foundation (EUA). Docente da rede pública e de cursos de Extensão, é escritor, articulista e escreve um blog sobre Ciência Negra: leiaoestatutodaigualdaderacial.blogspot.com. É também palestrante e divulga o Brasil em escolas Municipais e Técnicas, em ONGs, no movimento negro e em institutos Federais e Universidades, suas pesquisas sobre Ciência, Tecnologia e Inovação Africana e Afrodescendente.



Fonte:http://www.afreaka.com.br/notas/livro-genios-da-humanidade-trata-da-plena-igualdade-racial-e-mostra-importancia-da-genialidade-negra-nas-ciencias/

sábado, 27 de maio de 2017

Hip Hop na escola!

Inserida na temática da Arte e Cultura Africana, a turma do 7º ano teve uma sequência de aulas sobre Hip Hop onde alguns vídeos foram assistidos - um trecho do programa Nova África sobre arte urbana, focado no grafite produzido no Egito pós queda do regime de Hosni Mubarak e no rap e grafite do Senegal; um programa sobre o começo do hip hop aqui em São Paulo, na estação São Bento do metrô; assim como o começo do documentário O Rap pelo Rap, onde diferentes artistas expressam a importância do Hip Hop em suas vidas.
Foi realizada a confecção de cartazes sobre artistas do cenário brasileiro, tanto do rap como do grafite: Karol Conka, Mc Sophia, Sabotage, Racionais, Criolo, Nunca, Gemeos. Esses cartazes se encontram em exposição nos murais da escola.





quarta-feira, 17 de maio de 2017

Todo poder ao povo









Em maio, os alunos do 9º ano 2017 visitaram a exposição Todo poder ao povo - Emory Douglas e os Panteras Negras, no Sesc Pinheiros.

Sobre a exposição:
A exposição Todo Poder ao Povo! Emory Douglas e os Panteras Negras com curadoria do coletivo colombiano La Silueta, representado por Juan Pablo Fajardo, apresenta um conjunto de obras criadas pelo artista Emory Douglas, no período em que era diretor artístico, designer e ilustrador do periódico The Black Panther, e assumia o título de Ministro da Cultura do Partido dos Panteras Negras.

O partido dos Panteras Negras foi uma importante organização política extraparlamentar americana, fundada em 1966 e dissolvida em 1982, na cidade de Oakland, Califórnia. Seus integrantes foram idealizadores de manifestos ideológicos com reivindicações sociais, econômicas e políticas para a comunidade afroamericana nos Estados Unidos.

Emory Douglas foi responsável em grande parte pela concepção estética e publicitária do movimento, criando inclusive a máxima do partido “Todo poder ao povo!”. Em meio a essas reivindicações sua arte gráfica contribuiu para a construção de imagens ícones com temas sociais e políticos que transcendem fronteiras, apresentando um trabalho expressivo, que mistura um desenho denso com as possibilidades limitadas de reprodução da imagem a que tinha acesso.



terça-feira, 1 de novembro de 2016

Semana da Consciência Negra da EA FEUSP



Nos dias 31 de outubro, 1 e 3 de novembro, aconteceu mais uma edição da Semana de Consciência Negra na Escola de Aplicação.

Entre os convidados desse ano estiveram o músico Israel Neto, o Mano Réu, que apresentou as alunas e alunos a trajetória dos estilos e instrumentos musicais africanos até chegarem aos elementos que compõe a cultura hip hop (passando pelo jazz, blues, funk e soul); o escritor Cristino Wapichana, autor de ‘A Onça e o Fogo’ e ‘Sapatos trocados’, que contou histórias de seus livros ligadas a cultura de seu povo, Wapichana; o coordenador da ONG África do Coração, Jean Katumba, refugiado político da República Democrática do Congo, que contou histórias de seu país; o músico Tyfsnow Ndangi, também da República Democrática do Congo, que apresentou uma palestra e oficina de dança.

Durante a semana, os murais da escola apresentavam cartazes elaborados por alunas e alunos do Ensino Fundamental I com personalidades negras e indígenas.

As professoras e professores, funcionárias e funcionários, voluntárias e voluntários e bolsistas do projeto Negritude agradecem o apoio da secretaria, funcionárias e funcionários, direção, OE e APM para realização das atividades deste ano na Semana da África e Semana da Consciência Negra. Esses eventos abarcaram todo o corpo estudantil da Escola e as atividades possibilitaram momentos de troca fundamentais com alunas, alunos e convidados. A efetivação dos projetos especiais da Escola, acreditamos, é uma forma de resistência muito necessária nesses dias.





Palestra sobre música e diáspora negra com Mano Réu

Cultura e histórias indígenas com Cristino Wapichana

Histórias do Congo com Jean Katumba

Palestra e oficina de dança afro com Tyfsnow Ndangi 




Cartazes realizados pelos alunos do Ensino Fundamental I 
para a Semana da Consciência Negra da EA




quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Pluralidade cultural - Projeto África

Muitos enxergam a África como um continente genérico e único, mas com 54 países e outras dezenas de culturas, esta imensa região é múltipla e repleta de diversidades. O Espaço Projeto África, conduzido pela professora Cláudia, visa apresentar o continente africano para além das visões estereotipadas, incentivando a pesquisa sobre a história, cultura e costumes de seus povos.








Para se aprofundar no assunto, o blog do Projeto Negritude recomenda a série da TV Brasil Nova África, com diversos episódios disponíveis no Youtube e no próprio site do programa:








segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Oficina de percussão



Toda terça, das 17 às 18 hrs, está acontecendo na EA a oficina de percussão Ngoma: Ritmo dos tambores afro-brasileiros, conduzida pelo professor Ronaldo Sonic. Voltada ao Ensino Fundamental I, a atividade tem oferecido um contato com a cultura de etnias africanas e sua influência na musicalidade brasileira.