quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Adinkra - 6º ano 2017

Os símbolos Adinkra são do oeste africano e pertencem a cultura dos povos Akan, que vivem entre os países de Gana, Costa do Marfim e Togo. Estes símbolos são utilizados em tecidos, na cerâmica, na arquitetura e em objetos de bronze. Essa rica tradição existe desde o século XVI e sobrevive até hoje, com a função de transmitir mensagens.
















Exposição sobre personalidades negras e indígenas

            Com o intuito de celebrar o Dia da Consciência Negra, do dia 20 de Novembro, os alunos de turmas do 3º do fundamental I e 6º anos elaboraram cartazes com a temática “ativistas e personalidades negras”. Cada cartaz composto de uma imagem da personalidade escolhida e uma breve biografia que contava a história e os feitos de cada um.

            Durante o mês de Novembro, já com os cartazes prontos, foram feitas visitas monitoradas pelos bolsistas do Projeto Negritude, que acompanharam turmas do Fundamental I. Cada visita foi realizada com grupos de quinze alunos por vez, e assim que os alunos chegavam na exposição, contava-se um pouco sobre a importância do Dia da Consciência Negra, assim como uma breve explicação sobre o que foram e significaram os quilombos no Brasil e sobre personalidades como Zumbi dos Palmares.







sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Exposição Cientistas Negros


A ciência geralmente é vista como própria de nações consideradas “avançadas” como os EUA e o continente Europeu. Você já parou para pensar que a ciência tem cor?
Foi partindo dessa ideia e indo na contramão dela que o Projeto Negritude organizou uma exposição na E.A. “Escola de Aplicação” intitulada “Cientistas Negros”, a ideia da exposição foi mostrar o tamanho da produção
científica feita por homens e mulheres negros de várias nacionalidades.
Durante a pesquisa descobrimos invenções de cientistas negros que contribuíram e continuam contribuindo para o avanço e bem-estar da humanidade. A exposição contou com um total de doze cientistas e nesse artigo citamos alguns deles e suas invenções/descobertas.
O cientista Dr Charles Richard Drew criou a transfusão de sangue, técnica que até hoje salva muitas vidas. A Dra. Patricia E.Bath inventou um tratamento a laser para catarata menos doloroso ao estudar e descobrir através de pesquisas, que pessoas negras eram oito vezes mais propensas a sofrer de cegueira como resultado de glaucoma.
E quem disse que mulher não pode ser astronauta? A Dra. Mae C. Jemison contrariou o padrão e é conhecida por ser a primeira mulher negra a viajar no espaço, no dia 12 de setembro de 1992.
Um dos gênios da computação é Nigeriano, o Dr. Philip Emeagwali que na escola primária só era chamado de Calculos devido suas habilidades com números. O Dr. Philip Emeagwali a partir da observação de uma colmeia, desenvolveu ideias que solucionaram um dos 20 mais complexos quebra-cabeças industriais: entender como o petróleo flui debaixo da terra, de modo que ele possa ser extraído em grandes quantidades, a baixo custo. A descoberta rendeu bilhões de dólares para os Estados Unidos.
Temos também uma mulher negra, brasileira e cientista que é referência mundial quando o assunto é o reaproveitamento de resíduos orgânicos e industriais. A Dr. Joana D’arc Félix de Souza atualmente é Professora Professora do curso de curtimento de peles da Escola Técnica Estadual “Carmelino Corrêa Júnior”, o Colégio Agrícola de Franca onde decidiu ignorar as dificuldades e investir tempo e energia na realização de seu sonho: criar produtos. Em dez anos, já desenvolveu 13 novos materiais, todos a partir de resíduos descartados pelas indústrias de diferentes segmentos.




Como podemos notar a produção dos cientistas negros é muito importante para humanidade e precisamos fazer uma reflexão sobre omissão histórica da genialidade negra nas ciências. E foi a partir dessa omissão que o Professor e Mestre Carlos Eduardo Dias Machado e a ex-consulesa da França e ativista Alexandra Loras publicaram o livro “Gênios da Humanidade Ciência, Tecnologia e Inovação Africana e Afrodescendente" que revela as grandes invenções criadas pelos negros em todo mundo.
São abordadas as invenções africanas e afrodescendentes dos tempos antigos e modernos que, com o passar dos anos, caíram tantas vezes no esquecimento e foram marginalizadas pelo eurocentrismo. É importante destacar que essas mulheres e homens de origem africana participaram de algumas invenções que mudaram os rumos da história moderna.
O texto defende a igualdade de oportunidades e toca num ponto fundamental de nossa condição humana: a tendência que adquirimos de considerar natural a autoafirmação de um indivíduo por meio da negação do outro, gerando a falta de empatia.
“Esta obra tem a possibilidade de esclarecer que a raça negra é composta também de cientistas brilhantes e de projetos que estão sendo desenvolvidos no mundo científico – experiências que, apesar dos problemas de financiamento, inovam e criam soluções tecnológicas para o mundo moderno”, explica Carlos Machado.
            “Este livro busca compreender a realidade de uma omissão histórica da genialidade negra nas Ciências e propõe um novo desafio a ser lançado, o de plena igualdade racial, em todas as áreas de atuação humana por um efetivo equilíbrio de poder para todos, sem qualquer distinção de raça, cor, etnia, sexo, credo ou nacionalidade”, completa Alexandra Loras.



SOBRE OS AUTORES


Alexandra Baldeh Loras

Mestra em Gestão de Mídia pela Sciences Po (Paris), Loras foi consulesa da França em São Paulo. Fundadora do Fórum Protagonismo Feminino, consultora de empresas e palestrante sobre raça, gênero e diversidade. Seu trabalho é focado no desenvolvimento de liderança consciente para catalisar a transformação organizacional sobre diversidade étnico-racial e empoderamento feminino. Conduziu palestras para mais de 10 mil pessoas em todo o mundo, desde TEDxSãoPaulo, até grandes organizações internacionais como Google, JP Morgan e Facebook. Loras escreve um blog sobre a dignidade negra (alexandraloras.com) e é Embaixadora da Afroeducação, do Plano de Menina, do Meias do Bem e do programa Raízes do Museu Afro Brasil.

Carlos Eduardo Dias Machado

Mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Em 2007, recebeu bolsa de estudos da Ford Foundation (EUA). Docente da rede pública e de cursos de Extensão, é escritor, articulista e escreve um blog sobre Ciência Negra: leiaoestatutodaigualdaderacial.blogspot.com. É também palestrante e divulga o Brasil em escolas Municipais e Técnicas, em ONGs, no movimento negro e em institutos Federais e Universidades, suas pesquisas sobre Ciência, Tecnologia e Inovação Africana e Afrodescendente.



Fonte:http://www.afreaka.com.br/notas/livro-genios-da-humanidade-trata-da-plena-igualdade-racial-e-mostra-importancia-da-genialidade-negra-nas-ciencias/

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Curso de Filosofia Africana - SESC


Aconteceu em São Paulo, nos dias 16, 17 e 18 de maio de 2017, um curso oferecido pelo professor de filosofia da UFRJ Renato Nogueira sobre filósofas e filósofos africanos das mais variadas épocas. Entre os tópicos abordados nos três dias de encontro destacamos:

- a cardiografia do pensamento presente na obra do filósofo egípcio Amenemope, que, cerca de 1000 a.C, 600 antes do que o que convencionou-se chamar de nascimento da filosofia na Grécia Antiga, deixou escritos sobre a necessidade de uma Ética da serenidade.
- o ‘Espírito da intimidade’ da filósofa de Burkina Faso Sobonfu Some, que pensa outras formas de convivência coletivas pra além das ligadas ao nosso mundo ocidental naturalizado
- a crítica política de AchileMbembe, que propõe um pensamento pós colonial e faz uma interessante conexão da escravidão africana como laboratório de ensaio para o avanço extremo do neoliberalismo hoje.

Uma crítica muito importante feita ao longo do curso é a de perceber a Filosofia como ‘menina dos olhos’ da cultura europeia/ocidental, sendo que é parte da tradição filosófica negar a possibilidade de chamar de Filosofia qualquer coisa que venha de outros povos que não os europeus, como se o que o pensamento desses outros povos fosse hierarquicamente inferior.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Filosofia da África e diáspora


Segue texto de apresentação e link de site sobre filosofia da África e diáspora

"O objetivo deste espaço é disponibilizar materiais em língua portuguesa que possam subsidiar pesquisas sobre a filosofia africana e afro-brasileira, assim como auxiliar na tarefa de professoras/es do ensino fundamental e médio em acessar recursos ainda pouco conhecidos em nossa língua. Afirmam-se aqui diversas perspectivas distintas, sem a intenção de preterir nenhum material que fosse encontrado sobre o tema em nossa língua, cuja publicação virtual não fosse impossibilitada em virtude de restrições por direitos autorais.

Este site é parte da pesquisa "Colaborações entre os estudos das africanidades e o ensino de filosofia", desenvolvido pelo prof. Wanderson Flor do Nascimento, na Universidade de Brasília e em interação com o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Raça, Gênero e Sexualidades Audre Lorde - GEPERGES Audre Lorde (UFRPE/UnB-CNPq). O site encontra-se ativo desde agosto de 2015 e em constante atualização."

http://filosofia-africana.weebly.com/










sábado, 27 de maio de 2017

Hip Hop na escola!

Inserida na temática da Arte e Cultura Africana, a turma do 7º ano teve uma sequência de aulas sobre Hip Hop onde alguns vídeos foram assistidos - um trecho do programa Nova África sobre arte urbana, focado no grafite produzido no Egito pós queda do regime de Hosni Mubarak e no rap e grafite do Senegal; um programa sobre o começo do hip hop aqui em São Paulo, na estação São Bento do metrô; assim como o começo do documentário O Rap pelo Rap, onde diferentes artistas expressam a importância do Hip Hop em suas vidas.
Foi realizada a confecção de cartazes sobre artistas do cenário brasileiro, tanto do rap como do grafite: Karol Conka, Mc Sophia, Sabotage, Racionais, Criolo, Nunca, Gemeos. Esses cartazes se encontram em exposição nos murais da escola.





quarta-feira, 17 de maio de 2017

Todo poder ao povo









Em maio, os alunos do 9º ano 2017 visitaram a exposição Todo poder ao povo - Emory Douglas e os Panteras Negras, no Sesc Pinheiros.

Sobre a exposição:
A exposição Todo Poder ao Povo! Emory Douglas e os Panteras Negras com curadoria do coletivo colombiano La Silueta, representado por Juan Pablo Fajardo, apresenta um conjunto de obras criadas pelo artista Emory Douglas, no período em que era diretor artístico, designer e ilustrador do periódico The Black Panther, e assumia o título de Ministro da Cultura do Partido dos Panteras Negras.

O partido dos Panteras Negras foi uma importante organização política extraparlamentar americana, fundada em 1966 e dissolvida em 1982, na cidade de Oakland, Califórnia. Seus integrantes foram idealizadores de manifestos ideológicos com reivindicações sociais, econômicas e políticas para a comunidade afroamericana nos Estados Unidos.

Emory Douglas foi responsável em grande parte pela concepção estética e publicitária do movimento, criando inclusive a máxima do partido “Todo poder ao povo!”. Em meio a essas reivindicações sua arte gráfica contribuiu para a construção de imagens ícones com temas sociais e políticos que transcendem fronteiras, apresentando um trabalho expressivo, que mistura um desenho denso com as possibilidades limitadas de reprodução da imagem a que tinha acesso.